With:

(advise to minimize home.htm page to avoid sound overlapping)

Iec Long Park - Taipa

Macau SAR of PRC

Page

1

 

Page 2

Program: Renovation of a former fire cracker factory into a Public Park
Construction area: 19 855 m2
Date of Project: Outubro de 1997
PROJECT TEAM
Architecture:

Landscape Architecture: João Gomes da Silva
Inês Norton de Matos
Stability: Henrique Ian
Hydraulic Eng.: Henrique Ian
E & M Installations: Henrique Costa, SE - Engineering Services
Fire Service: SUN TAT

Photos of the Model

Localização e situação na paisagem


A Fábrica de Panchões lec-Long é uma das inúmeras fábricas de panchões dispersas pela Ilha da Taipa, e que caracterizaram a actividade económica do Território. Embora as restantes unidades se distribuam pela ilha afastadas dos aglomerados, o recinto de lec-Long localiza-se no limite noroeste do núcleo original da Vila da Taipa, desenvolvendo-se ao longo da Rua de Fernão Mendes Pinto o da Rua Direita Carlos Eugénio, o tendo como limito a Oeste a povoação de Chong Su Mei.

 

O antigo núcleo da Vila da Taipa situa-se na extremidade sudoeste da Taipa Grande, implantando-se já o recinto em aterros muito antigos e consolidados, que estabeleceram a ligação à Taipa Pequena. Daí que o recinto se situe entro as cotas 1.00 o 2.00m de altitude, e que o solo seja constituído por uma camada de argila bastante compactada. Pela sua situação em terreno plano, a sua exposição solar é bastante homogénea, e o movimento aparente do sol faz-se num sentido oblíquo, gerando ambientes bastante diferenciados ao longo do dia. 0 sol faz a sua aparição por detrás da elevação da Taipa Grande, gerando uma silhueta muito forte que marca a imagem do Sítio de manhã; ao final do dia o ocaso dá-se no sector oposto, criando reflexos no canal e no lago, e gerando imagens de extrema beleza.


O Parque como espaço de transição

 

O Parque de lec-Long estabelecerá um novo limite ao núcleo original da Vila da Taipa, consolidando uma vasta área em decadência desde a cessação da actividade da Fábrica, que deu origem a uma ocupação mais do que precária e sem qualidade urbana. Apesar da sua condição de limite, a sua proximidade e articulação com o Largo do Carmo potencíam o seu valor como espaço urbano o como factor estruturante das funções de recreio e lazer urbano. Neste sentido, o conjunto formado pela Biblioteca, o Jardim Municipal e as Piscinas, ao qual se acrescenta o Parque de lec-Long, constituirá o centro cultural e recreativo da Vila da Taipa.

O limite Noroeste do recinto do Parque é definido pelos arruamentos da nova Urbanização da Baixa da Taipa, que passarão a delimitar o conjunto do núcleo original da Vila. 0 Parque constituirá o tecido de transição da ocupação edificada de baixa volumetria, o de características vernaculares, para o novo tecido edificado de alta densidade caracterizado por tipologias de quarteirão de perímetro edificado com seis pisos, e, mais adiante, de torres multipisos. A alteração de escala dos elementos urbanos, justifica o especial cuidado a ter no desenho do Parque, bem como na escolha dos materiais e sistemas de construção, que simultaneamente deverão respeitar o carácter de ruína industrial do lugar e reflectir a situação de limite do núcleo histórico.

 

O espaço e o conjunto edificado da Fábrica de Panchões de lec-Long


O recinto da Fábrica de Panchões ocupa uma área de aproximadamente 2ha, o é separado da rua por um muro em alvenaria de tijolo rebocada, em que, no troço que confina com a Rua Direita, é possível observar janelas rasgadas e preenchidas por grelhas de tijolo. Este muro é interrompido por dois edifícios mais altos, que têm igualmente um peso visual de muralha, possuindo um grande valor urbano, pela força da sua imagem o pela definição que empresta ao principal eixo viário da Vila.


lntramuros, esses dois edifícios e outros de menores dimensões, alguns dos quais são construções informais ou muito degradadas, definem um espaço de praça que marca a entrada.


A tipologia do recinto da Fábrica, caracteriza-se pelas casas da pólvora alinhadas ou agrupadas em conjuntos quadrangulares, compartimentados por grossos muros de taipa rebocada de secção trapezoidal, como elementos de protecção contra explosões ou incêndios. São de assinalar como elementos tipológicos, o reservatório, o canal de drenagem, e os pequenos tanques junto dos edifícios.


A estrutura espacial existente é definida pela Praça de entrada; pelo alinhamento de pavilhões menores paralelo ao canal; e pelo conjunto murado rectangular.

A partir da Praça desenvolvem-se dois eixos oblíquos que estruturam o recinto da Fábrica. O primeiro conduz-nos ao conjunto murado e rectangular, que pela sua considerável área relativamente ao total e pelo seu carácter labiríntico constitui um espaço potencialmente autónomo­ no futuro Parque. Imediatamente articulado, embora com uma ligeira rotação na geometria de implantação, surge o reservatório de água que ocupa uma área de cerca de 900m2. Este tanque de grandes dimensões é construído por alvenarias de pedra aparente, sobre um fundo que cremos ser de solo argiloso compactado, e possui uma adução de água por canal de origem não identificada, e duas descargas de superfície, uma para o canal, o outra com destino não identificado. Este reservatório constitui um, plano de água com potencial valor lúdico, não só pela sua dimensão, como também pelo envolvimento vegetal, e como plano reflector da colina da Taipa Grande e do céu. Estes elementos definem o limite de um prado espontâneo que se abre como uma clareira enquadrada por um conjunto de árvores de porte considerável, que em parte se situam fora da área de intervenção, na zona denominada como recreio escolar.


A partir da Praça desenvolve-se outro eixo, ao longo do qual se dispõem linearmente uma sequência de pavilhões, paralelos ao canal, em direcção ao limite poente da área de intervenção que confina com a urbanização da Baixa da Taipa. Este eixo bastante arborizado, constitui um percurso que define dois espaços de clareira: um até ao reservatório, englobando o canal de drenagem e o pequeno templo, e o outro de maiores dimensões até ao limite do terreno, actualmente ocupado por hortas, e por um prado espontâneo.


Estes eixos, bem como outros percursos de menor importância, são marcados por alinhamentos de árvores, em que predomina o Ficus rumphii.

 

Acessibilidade e imagem da paisagem

Actualmente o acesso de viaturas ao recinto faz-se pela Rua Fernão Mendes Pinto, através de um portão entre os dois edifícios principais. As entradas de peões são pelo mesmo eixo viário, uma em túnel pelo edifício da administração, e outra através de um pequeno portão quase no enfiamento da Calçada do Carmo, que estabelece ligação pedonal ao Largo do Carmo. Estes pontos cobrem as possibilidades de acesso ao recinto, pelo que diz respeito a quem circula pelos arruamentos existentes no núcleo histórico, e nesse sentido deverão ser equacionados como acessos possíveis a partir desta frente de Parque.

A frente oposta apresenta-se aberta e não comprometida, pelo que o acesso se poderá fazer nos dois pontos potencialmente mais interessantes que são o enfiamento da futura rua Seng Tou e o junto ao recreio escolar, o que corresponde internamente ao limite do eixo de pavilhões e respectivo acesso, o ao caminho que contorna o reservatório.

No limito confinante com a antiga povoação de Chong Su Mei, o perímetro da fábrica é definido por um muro, e dado que se prevê a consolidação da zona a partir de um plano de pormenor a desenvolver, será de esperar que a frente de contacto a propor estabeleça um acesso de serventia mais localizado.

A relação visual susceptível de gerar imagens da Paisagem estabelece-se em diversas situações do recinto e define diferentes escalas de percepção, com diferentes valores potenciais. Os sítios com maior valor visual estão assinalados na planta de análise do existente e poderíamos diferenciar imagens próximas e distantes.

A elevação da Taipa Grande, com cerca de 135m , está completamente revestida por vegetação densa e por afloramentos rochosos, constituindo um prolongamento visual dos maciços de árvores existentes a nascente, e aumentando a percepção das dimensões reais do recinto. Simultaneamente constitui a imagem mais distante de um elemento primário da Paisagem da Taipa.

Noutro nível situa-se a imagem da Igreja do Carmo, que surge entre as copas das árvores da encosta, visível a partir da clareira poente.

Da praça de entrada surgem dois ângulos relativamente fechados, enquadrados pela vegetação. 0 primeiro é uma perspectiva rasante ao solo e à superfície do canal de forma curva e que conduz a perspectiva para um ponto não visível, o que nos dá a sensação de profundidade e continuidade para além do limite visual. 0 segundo conduz-nos para o conjunto de edifícios em torre actualmente em construção na Baixa da Taipa, introduzindo-nos a percepção da nova imagem urbana em pleno desenvolvimento, distanciada pelos planos interpostos de vegetação existentes. Constitui um desafio ao projecto do Parque, o controlo e a articulação destas imagens tão diferenciadas em tema e escala.

 

 

 

  
 

  

Ficus microcarpa (Fm)
 
figueira-(benjamin)
Chinese Banyan Tree
Oficinas

Templo

         Casa de Chá Armazém
Hit Counter

Page 2

 

Back to: Unaccomplished Projects Portfolio

Last updated: 27 Sep 2006

Home

Portfolio
Essays  Academic Archive
Résumé Multimedia
Under Construction In Project
© Copyright  2000 Note Overall related Sites
Epilogue



 

Pátio da Sé, 22 r/c A, Macau SAR, People's Republic of China  Tel. (853) 28322449  Fax. (853) 28355258  E-mail: mdduq@mdduq.com

澳門大堂圍22 號地下A 中華人民共和國澳門特別行政區       電話:(853) 28322449      傳真: (853) 28355258       電子郵件: mdduq@mdduq.com